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Município bracarense atento e em sintonia com a economia social do distrito

Município bracarense atento e em sintonia com a economia social do distrito

Dar “primazia às pessoas, como postula a economia social. Este será o caminho”, afirma Ricardo Rio.

Câmara Municipal de Braga| Ricardo Rio

A Câmara Municipal de Braga encontra-se a trabalhar para uma economia de impacto, atenta a todas as esferas da economia social do distrito.O município tem tido nas suas estratégias sociais, culturais, ambientais e de juventude, iniciativas como os Laboratórios de Inovação de Braga, onde se insere o “Human Power Hub – Centro de Inovação Social de Braga”. Ou o Centro de Juventude de Braga, onde se trabalha de forma diferenciada a temática dos Direitos Humanos; a própria estratégia cultural “Braga2030” dá especial atenção aos processos de participação e governança democrática”, disse-nos Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.

O Human Power Hub (HPH) é um projeto que presta apoio à aceleração e incubação de ideias empreendedoras orientadas para o impacto social. Financiado pelo programa Portugal Inovação Social e sediado no emblemático Edifício do Castelo, no coração da cidade bracarense.

Nesta matéria o HPH está a preparar o futuro do Município de Braga , com as associações da sociedade civil, as instituições públicas, a comunidade empresarial e com as pessoas. 

 

De forma geral, dê-nos a sua visão da economia social no distrito de Braga? Pontos fortes e fragilidades?

Quando estudamos ou quando avaliamos o impacto da economia social, é importante referir que não nos restringimos apenas ao setor da solidariedade, ou ao setor das respostas sociais, referimo-nos a um conjunto de associações, incluindo as associações de jovens, cooperativas, instituições mutualistas, fundações, organizações não-governamentais cuja atividade é orientada por valores humanos, de solidariedade, primazia das pessoas sobre o capital e governança democrática e participativa. Podemos dizer que o distrito de Braga é um dos distritos fortes, quer na representatividade (número de instituições registadas na CASES, Instituto Camões, Segurança Social e IPDJ IP), quer na diversidade de temáticas e problemas sociais e ambientais que se compromete a resolver. Podemos dizer que o distrito, em diferentes velocidades, se aproxima das condições, que consideramos necessárias para podermos começar a falar de economia de impacto.

Do ponto de vista das fragilidades, elas existem quando não se tem esta perspetiva integrada, quando não se permite a colaboração, quando impera a concorrência entre estes atores e quando estas se permitem a estagnação perante o financiamento público, de que muitas destas organizações estão reféns.

 

 Nesta matéria, que projetos destaca? Quer no que concerne aos que o Município promove e participa, quer a outros que entenda merecer referência.

No caso particular de Braga, o município tem contribuído significativamente para o reconhecimento deste setor, seja do ponto vista operacional, através de um reforço e um investimento claro a estas organizações, seja apoio financeiro, seja apoio técnico, mas também ao nível conceptual com sucessivos investimentos na realização de estudos e documentos estratégicos. A autarquia continua a expandir sua base de conhecimento com a participação em redes internacionais, no quadro da EUROCITIES, OCDE, Programa URBACT, enquanto aumenta a conscientização sobre a contribuição das organizações de economia social para um crescimento inclusivo e sustentável do território.

No entanto, este investimento não é apenas fruto do quadro da nossa participação em redes europeias. O município tem tido nas suas estratégias sociais, culturais, ambientais e de juventude, iniciativas como os Laboratórios de Inovação de Braga, onde se insere o “Human Power Hub – Centro de Inovação Social de Braga”. Ou o Centro de Juventude de Braga, onde se trabalha de forma diferenciada a temática dos Direitos Humanos; a própria estratégia cultural “Braga2030” dá especial atenção aos processos de participação e governança democrática.

Podemos também referenciar quadros de intervenção do Fundo Social Europeu, que se manifesta em quadros de financiamento a Projetos CLDS 4G ou Programa Escolhas 8G e que têm forte impacto no Distrito de Braga e, de igual forma, o esforço das Universidades presentes no nosso território em estudar o Impacto da Economia Social. Podemos afirmar que, em Braga, estamos já a trabalhar em “modo” de Economia de Impacto.

 

 Quais são, nesta esfera de atuação, os principais desafios da edilidade, para o futuro?

 Estamos a dar passos claros para verificar uma economia de impacto no nosso município. Significa elevar todos os princípios da economia social a um nível em que todas as nossas ferramentas estratégicas, mecanismos de investimento, políticas operacionais e ações da sociedade civil se encontram em sintonia, face aos desafios da situação pandémica, desafios climáticos e energéticos, índices de produtividade, para que de facto a primazia das pessoas possa verdadeiramente estar em primeiro lugar, como referem os postulados da economia social. Este será o caminho.

Janeiro 31, 2021
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