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O INIMIGO CONHECE O SISTEMA

O INIMIGO CONHECE O SISTEMA

O inimigo conhece o sistema

Marta Peirano

(Madrid, Espanha 1975) 

Jornalista e escritora, é especialista em cultura livre, tecnologia, arte digital, criptografia, direitos e liberdades na rede. Foi fundadora da CryptoParty Berlin, uma iniciativa em prol da Segurança e privacidade na internet, e do colectivo Elástico, através do qual, em 2005, impulsionou o projecto COPYFIGHT. Foi chefe-adjunta do eldiario.es, directora de cultura do ADN.es e colaboradora do JotDown, Muy Interesante e Consumer. Tem publicados, desde 2009, vários livros tanto em co-autoria, como a título individual.

Sinopse:

A tecnologia que mantém a internet a funcionar não é neutral, e a que encontramos ou instalamos nos nossos telemóveis também não. Na última década, todas evoluíram de uma forma premeditada, com um objectivo muito específico: manter-te colado ao ecrã durante o maior período de tempo possível, sem nunca atingires o ponto de saturação. São capazes de fazer qualquer coisa para que continuemos a ler títulos, a clicar em linksa adicionar favoritos, a comentar posts, a retuitar artigos, a procurar o GIF perfeito para responder a um hater...

A rede não é livre nem democrática. É um conjunto de servidores, satélites, antenas, routers e cabos de fibra óptica controlados por um número cada vez mais pequeno de empresas. Se a considerarmos um projecto único chamado internet, podemos dizer que é a maior infra-estrutura jamais construída e o sistema que define todos os aspectos da nossa sociedade. E é, sem dúvida, secreta: os seus algoritmos são opacos, as suas microdecisões não se rastreiam. Os centros de dados que armazenam e processam a informação estão ocultos, camuflados sob criptografia; a sua linguagem está desenhada para baralhar a ideia que temos dela. O inimigo conhece o sistema, mas nós não o conhecemos. 

Este livro, bem documentado e de leitura fácil, é uma abordagem para compreender como é que o instrumento mais democratizador da história se tornou – sem que nos apercebêssemos – numa máquina de vigilância absoluta e de manipulação de massas ao serviço de multinacionais, potências imperialistas e regimes autoritários. Só assim poderemos convertê-la no que a sociedade precisa: um instrumento para gerir as novas transformações da forma mais humana possível.

 

Janeiro 31, 2021
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